A maioria dos veículos de comunicação do mundo deram destaque a morte do afro-americano George Floyd, de 46 anos, em Minnesota, Estados Unidos. Os momentos que antecederam a sua morte, foram capturados por vários telefones celulares e amplamente compartilhados nas redes sociais.
A situação abriu um estopim de indignação em todo o mundo. É comum encontrar queixas de cidadãos negros nas redes sociais que sofrem de racismo. E dados indicam que isso não é apenas uma percepção.
No Brasil a população negra é principal vítima de homicídio. É o que revela o informativo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A letalidade tem atingido muitos policiais negros no Estado do Ceará, o aspecto racial do assassinato desses agentes da segurança pública não é um mero detalhe. O racismo tem sido um componente fundamental que fornece a lógica e o sentido das formas de violência que moldam a vida social contemporânea.
Sábado, dia 06, mais um guerreiro foi morto durante uma tentativa de assalto em Fortaleza. A vítima foi o ST Francisco Augusto da Silva, de 46 anos. Atualmente estava lotado no Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da PMCE. O policial era negro e morava na periferia de Fortaleza.
Discorremos o debate após mais um policial militar perder sua vida e ir para estatísticas, portanto, da ordem da retórica, mais do que da análise; o problema maior, senão o único, seria a violência contra policiais e obrigados a morar em áreas de risco devido aos baixos salários, sendo ameaçados constantemente.
O policiais militares treinados para defender a ordem e proteger o cidadão, tem enfrentado um cenário insólito, convivendo com o eminente risco da profissão.
Policiais Militares estão abalados psicologicamente por causa da pressão que sofrem todos os dias. A ASPRA-CE registrou aumento na procura por atendimento psicológico nos últimos meses na entidade. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o atendimento passou a ser online.