Dois militares, que estão prestes a se aposentar e estão entre os presos, apontaram falhas no relatório do Ministério Público. Os dois pediram para não serem identificados. Um deles afirma que o Ministério Público diz, no relatório, que a equipe dele passou em dos locais do crime e se omitiu a fim de facilitar os crimes. Segundo ele, a Ciops afirma apenas que há possibilidade de ele ter passado na rua, mas o MPCE diz que ele passou.
O outro PM relata que estava em casa, pois trabalha das 9h às 18 horas, quando o comandante da área mandou que ele fosse para a área, em razão da morte do soldado Valtemberg Serpa. Ele informa que atendeu ocorrência em busca de três suspeitos. “Uma dessas pessoas, ficamos com ele, havia uma foto do policial no celular e uma mensagem de um homem mandando ele ir para casa, pois estavam atrás dele”, comenta.
O PM diz que chamou testemunhas e o rapaz não foi reconhecido. Em seguida, ele pediu à equipe para ser deixado na avenida Maestro Lisboa, na casa da mãe dele.O policial conta que a mãe chegou a parabenizar a Polícia. “No documento diz que tem uma tortura psicológica. Não batemos, não torturamos, a mãe dele viu. Estamos aqui pagando uma coisa que ninguém sabe”.
Um terceiro policial disse que teve as ações positivas omitidas no relatório. Ele é acusado de ter passado em uma rua com duas pessoas mortas e não ter prestado socorro. “Se eu tivesse visto teria socorrido, com certeza”, relata. O soldado diz que socorreu uma vítima de uma lesão a bala e ainda escoltou a ambulância do Samu.
Fonte: O Povo