Enquanto a segunda audiência referente ao caso Curió acontecia dentro do Fórum Clóvis Beviláqua, na manhã da sexta-feira, 4, do lado de fora, mais uma manifestação em prol da liberdade dos policiais militares presos ocorria.
Familiares, amigos e a Associação dos Cabos e Soldados Militares do Estado do Ceará se uniam em um só coro pedindo que “a justiça para o caso Curió seja feita, mas não as custas de inocentes”. Momentos de oração, apitaços, entrevistas aos meios de comunicação e passeatas marcaram o dia. Levando a manifestação até a avenida Washington Soares, familiares entregavam aos motoristas e pedestres que passavam panfletos explicando a todos como o Ministério Público do Ceará conduziu os pedidos de prisões preventivas aqueles que, até o dia 31 de agosto de 2016, davam sua vida para proteger a população cearense.
“Os advogados da ACS, dr. Micias Bezerra, dr. Sabino Sá e dr. Daniel estão lá na sala de audiência, defendendo esses policiais militares que foram presos de maneira arbitrária. Fomos ao TJ pedir a revogação da prisão preventiva, uma vez que não há provas suficientes que comprovem a atuação dos 44 PMs nesse caso. O pior de tudo são os policiais que estavam presentes nos locais das ocorrências por determinação da CIOPS e foram presos. Não podemos nos calar para tamanha injustiça. Queremos sim, a resolução do caso Curió, mas que não sejam feitos de bode expiatório, policiais que nunca tiveram um atraso sequer em suas companhias”, afirmou o presidente da ACS, SGT PM Eliziano Queiroz, que conversou com as esposas presentes na manifestação.
Desde o dia 31 de agosto deste ano que 44 pais e mãe de famílias viram suas liberdades acabarem, em decorrência de uma denuncia feita de modo genérico pelo MPCE, após “investigação” da CGD, afinal, não há provas que sustentem a ação delituosa desses homens e mulher nesse caso.
Ainda fica uma questão no ar, quando se fala em Caso Curió, quem matou o SD Serpa? Falta o Estado solucionar esse crime também, ou a vida dos profissionais de segurança não importa para o chefe de estado?