Dezoito presos fugiram da carceragem do Complexo das Delegacias Especializadas (Code), órgão da Polícia Civil do Ceará, localizado no bairro de Fátima, em Fortaleza, durante o motim ocorrido na madrugada desta segunda-feira (11). O número exato de foragidos só foi oficializado pela instituição na tarde de ontem, após uma recontagem realizada com o apoio da Polícia Militar.
O motim ocorreu por volta de 3 horas de segunda-feira, quando os cerca de 150 presos recolhidos nos 12 xadrezes da carceragem daquela unidade operacional da PC passaram a danificar as grades e outros equipamentos. Em meio ao tumulto que se estabeleceu nas celas, alguns dos detentos aproveitaram a ocasião para escapar através de buracos feitos nas paredes das celas.
Inicialmente, a Polícia divulgou que cinco detentos haviam escapado. No entanto, à tarde, foi feitam uma recontagem e nesta chamada foi constatada a falta de, pelo menos, 18 presos. Eles haviam chegado àquela Especializada nas últimas duas semanas e aguardavam transferência para o presídio após serem autuados em flagrantes por crimes diversos.
Transferir
Ainda na tarde desta segunda-feira, 30 dos 150 detentos foram transferidos para unidades do Sistema Penitenciário do Estado, a maior foi levada para as casas de Privação Provisória da Liberdade (CPPLs), do Complexo penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Outras transferências serão realizadas até o fim de semana, já que a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) prometeu abrir novas vagas para os presos oriundos de delegacias.
Denúncias
O Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci), denuncia que o Code se transformou em uma espécie de “cadeia Pública”, já que, normalmente, o número de presos ali oscila entre 150 e 160 todas as semanas. Revela, ainda, que na Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), onde deveriam estar a maioria dos detentos que aguardam transferência, as celas estão praticamente vazias.
Segundo Lucas da Silva, presidente do Sinpoci, é que na Decap funciona o núcleo da Justiça destinado a realização das audiências de custódia, e os juízes e promotores que ali atuam exigiram, para a segurança deles, o número mínimo de detentos nas celas.
Fonte: CearáNews7