Neste ano, o número de ataques a bancos no Ceará chegou a 41, uma média de três casos por mês. O levantamento, feito com base em dados do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará, não inclui os casos de ataques a carro-forte, saidinhas bancárias e o chamado “sapatinho”, quando o gerente retira o dinheiro sob extorsão e sequestro.

Na madrugada de ontem, a agência do Banco do Brasil de Marco, no Litoral Norte do Ceará, foi atacada com explosivos. Aproximadamente dez pessoas participaram da ação, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O grupo destruiu a porta giratória, um caixa eletrônico e a porta de acesso ao cofre, mas não conseguiu levar o dinheiro.

Os criminosos portavam fuzis. Moradores da Cidade relataram, por meio de redes sociais, que ouviram diversos disparos de armas de fogo durante a ação. Não há relato de feridos. Na fuga, os criminosos obstruíram duas saídas da Cidade. Eles utilizavam quatro veículos e três motocicletas. Um dos carros usados na ação foi encontrado incendiado próximo a uma ponte na entrada em Bela Cruz, Cidade vizinha a Marco.

Uma equipe da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) está no município realizando levantamentos sobre o crime.

A última ação contra agência bancária tinha sido registrada em Jaguaribara, no dia 25 de novembro. O grupo portava armas longas e explosivos, mas também não conseguiu roubar o dinheiro.

Em 17 de junho deste ano, O POVO publicou uma reportagem explicando que as quadrilhas especializadas em ataques a agências bancárias atravessaram divisas e passaram a agir nos estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Essas quadrilhas estavam divididas no Vale do Rio Acaraú, Vale do Jaguaribe, Inhamuns, Sertão Central e Cariri.

Municípios

Os ataques a agências bancárias registrados neste ano no Ceará aconteceram nos seguintes municípios: Marco, Crato, Fortaleza , Ipaumirim, Tamboril, Barreira, Horizonte, Sertão Central, Caucaia, Cedro, Pedra Branca, Aracoiaba, Várzea Alegre, Cariús, Capistrano, Coreaú, Choró, Morada Nova, Monsenhor Tabosa, Itaitinga, Forquilha, Icapuí, São João de Jaguaribe, Independência, Morrinhos, Orós, Ibaretama, Paraipaba, Senador Sá, Madalena, Solonópole, Cariús, Novo Oriente, Farias Brito.

Arrombamentos

Todos os casos registrados em Fortaleza foram de arrombamento de caixas eletrônicos.

Já nos casos que aconteceram no Interior, o uso de armas longas é comum. Não é raro também que as quadrilhas sitiem as cidades.

Fonte: O Povo