O governador Camilo Santana (PT) afirmou que encaminhará à Assembleia Legislativa, até a próxima semana, o projeto de lei que objetiva instituir reajuste salarial para todas as categorias dos agentes de Segurança do Estado, tendo como base a remuneração média paga no Nordeste. Segundo Camilo, a comissão que trata sobre o assunto discute a possibilidade de ofertar um ganho salarial aos soldados da Polícia Militar, cuja remuneração inicial paga no Ceará já é superior à média buscada.
“Não acho justo deixar de dar alguma coisa para eles. Estamos trabalhando para ver qual o impacto disso, por isso ainda não fechamos. Reajustar para todos e não dar para a carreira inicial é uma divergência. E mesmo não sendo uma ‘obrigatoriedade’, estou trabalhando para ver se é possível todos os agentes terem algum impacto salarial a partir de 2017”, disse.
A medida era uma das promessas de campanha de Camilo. Entretanto, com a crise econômica, o governador antecipou ontem que os valores, caso aprovados pela AL, serão pagos de forma “parcelada, até o fim do governo, em 2018”. Ele evitou citar os valores do reajuste e do impacto financeiro na folha estadual.
As declarações foram feitas em entrevista coletiva, após nomeação e posse de 255 policiais civis, na manhã de ontem, no Centro de Eventos. Foram empossados 65 delegados, 105 escrivães e 85 inspetores. Aprovados no último concurso, eles foram o segundo grupo de nomeados a serem convocados.
No total, 703 novos profissionais concluíram o curso de formação da Academia Estadual de Segurança Pública. Outros 255 agentes já haviam sido efetivados em agosto deste ano. A previsão é que o terceiro e último grupo, de 193 policiais, seja empossado no primeiro trimestre de 2017, totalizando incremento de 30% no atual efetivo da Polícia Civil. (Thiago Paiva)
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Opositor do Governo, o deputado Capitão Wagner (PR) informou que debaterá o reajuste na AL, já que o estudo para definir valores foi feito em 2015. “Se ele for encaminhado agora, para ser implementado em 2017, vai estar muito defasado. Vamos aguardar para discutir, de forma serena, sabendo que a gente não vai poder alcançar o nível ideal. Mas é necessário que seja, pelo menos, recompensada a falta de reajuste em 2016 e, provavelmente, em 2017”.
A Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará está atento a chegada desse projeto na Assembleia Legislativa do Ceará, para ver quais serão os valores proposto pelo governo do estado.
Fonte: O Povo